Lolita é indubitavelmente a obra mais célebre de Nabokov. É a história sobejamente conhecida da relação amorosa entre um intelectual de meia-idade e uma menina caprichosa de 12 anos. A partir desta sinopse poder-se-ia pensar que assim que se conhece o fio condutor da história esta fica desprovida de interesse. Puro engano. Ela é composta por uma riqueza narrativa inefável que não é mais do que o produto da mestria e do domínio de linguagem do escritor russo. A história, apesar de nunca evidenciar grandes reviravoltas ou uma sucessão de acontecimentos apaixonantes,
acaba por nos prender dada a inegostável panóplia de recursos que Nabokov possui. O romance centra-se na figura de Humbert Humbert, um indivíduo grotesco, abjecto e insólito e, por isso mesmo, uma das personagens mais marcantes da literatura universal. As suas idiossincrasias e os tumultos que o assolam são-nos revelados como se o próprio Humbert Humbert fosse uma personagem real e não de ficção.
A sátira aparece furtivamente ao longo desta obra mas engrandece-a. É um livro obrigatório que nos imerge na voragem das suas linhas mas que só será realmente apelativo para os que acham a leitura um acto imensamente prazente e que se deliciam ao absorver a arte da escrita subjacente neste romance.
acaba por nos prender dada a inegostável panóplia de recursos que Nabokov possui. O romance centra-se na figura de Humbert Humbert, um indivíduo grotesco, abjecto e insólito e, por isso mesmo, uma das personagens mais marcantes da literatura universal. As suas idiossincrasias e os tumultos que o assolam são-nos revelados como se o próprio Humbert Humbert fosse uma personagem real e não de ficção.
A sátira aparece furtivamente ao longo desta obra mas engrandece-a. É um livro obrigatório que nos imerge na voragem das suas linhas mas que só será realmente apelativo para os que acham a leitura um acto imensamente prazente e que se deliciam ao absorver a arte da escrita subjacente neste romance.
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