Apreciação final: 8/10
Edição: Maio 2004
Género: Pop-Rock Alternativo
Edição: Maio 2004
Género: Pop-Rock Alternativo
Rosa Carne foi apresentado como um disco declaradamente feminino, não apenas no objecto das letras, também na assunção de um espírito confessadamente sensual, mesmo insinuante. O grupo portuense envolve a beleza esmagadora da voz delicada de Manuela Azevedo em cenários ignotos, criados por arranjos musicais ricos, a roçar uma opulência que deriva da maturidade do colectivo da Invicta.
Ouvir Rosa Carne é embarcar numa expedição a universos femininos, aqueles em que se esgaravatam sentimentos e se expõem receios, onde se sopesam prós e contras com indecisão. A ambiência sonoplástica do disco é soberba, menos pop, e sublinha a convocação a esse mundo simulteamente violento e doce, feito de flores e lascívia carnal. As canções parecem atadas por empatias sinérgicas, como que dependentes entre si, rumo a uma plenitude conjunta que faz de Rosa Carne o projecto mais destemido dos Clã, num autêntico golpe de anca feminino, validado por um libidinoso pestanejar de olhos, que nos invade a mente, nos toma o corpo e sobrepuja todas as resistências. Não será o melhor trabalho dos Clã?
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