Apreciação final: 6/10
Edição: Janeiro 2005
Género: Electronica/Trip-Hop/Funk/Club-Dance/House Progressivo
Edição: Janeiro 2005
Género: Electronica/Trip-Hop/Funk/Club-Dance/House Progressivo
Os britânicos Tom Rowlands e Ed Simons dispensam apresentações, o percurso dos Chemical Brothers na vanguarda do boom da electrónica fala por si. Push the Button é o quinto registo da dupla e, como no passado, os Chemical Brothers procuram outras fusões. Essa vertente é particularmente notória no elevado número de convidados para esta edição: Q-Tip (A Tribe Called Quest), Tim Burgess (The Charlatans), Kele Okereke (Bloc Party), Anna Lynne, Anwar Superstar (irmão de Mos Def) e The Magic Numbers (banda do universo indie).
O disco é um testemunho sólido da versatilidade dos intervenientes, rompendo barreiras estilísticas e estabelecendo passadas firmes rumo à inovação e à excelência sónica. O cunho dos irmãos químicos é notório, no recurso à concepção de cristalinas paisagens sonoras de electrónica, em texturas caleidoscópicas que claramente resultam como propulsores de um disco algo libertador e digno de apologia. Não é uma obra-prima, tampouco será o melhor disco dos Chemical Brothers, mas trata-se de um registo cuidado, meticulosamente esmerado até ao pormenor ínfimo. Será isso bastante para ser um grande disco? Certamente, não. Push The Button é um disco interessante, sem dúvida, mas, embora indique novos horizontes para os químicos, não arromba definitivamente as muralhas da obstinada exigência que se impõe ao grupo que fez Dig Your Own Hole. E só porque deles se espera sempre o melhor, é impossível não gostar deste trabalho mas, com o mesmo peso, não se evita algum desapontamento pela tacanha evolução de Push The Button.
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