O trio texano The Paper Chase oferece-nos um som único, dissipado entre um jazz vanguardista, acolhendo o imo do indie, em fusão com um rock sujo e tétrico, onde se saracoteia uma voz elástica, em catarse de desejos de vingança frustrados. O que sobeja são bramidos hostis, cordas exuberantes, pianos de cabaret, alguns samples e interjeições precisas de guitarra. O disco torna-se uma terapia estranha, angustiada e alucinada para as depressões.
Este trabalho não é imediatamente apreensível, as virtudes estão escondidas atrás do manto da perseverança; só resistindo se descobre a essência dos The Paper Chase: não é o sétimo céu, mas também não é o inferno. Se é open minded gostará de apreciar, no tardo passar dos minutos, o talento não ortodoxo, verdadeiramente emo, deste grupo.
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