Em 1998, ganhou uma bolsa de estudo do Instituto Thelonious Monk para prosseguir os seus estudos musicais. Dois anos mais tarde, Jane Monheit estava ao nível de Diana Krall, como uma das principais vozes femininas do jazz.
Este é o seu terceiro trabalho em disco e contém canções de Cole Porter, Fats Waller ou George Gershwin. Só por estas referências já valeria a pena escutar o disco, juntem-se-lhes as insignes qualidades vocais de Monheit e o resultado é um registo estimulante, extremamente apelativo e constitui o melhor longa duração da cantora. A matiz sonora do disco contempla alguns standards americanos, balançados pela sensibilidade da pop e pela fértil complexidão do jazz. Na primeira gravação para uma major, no caso a Sony Classical, os convidados são ilustres: Ron Carter (baixo), Christian McBride (arranjos), Michael Bublé (em dueto) e o guitarrista Romero Lubambo.
Uma nota para os excelentes arranjos orquestrais, retendo uma tal simplicidade que consente o relevo da voz de Jane Monheit. As canções são recordações da infância da cantora, associadas aos musicais da MGM e perfilham o formato teatral a que se propõem, ao invés da absorta concepção de estúdio.
Definitivamente, um registo digno de apreço, especialmente aconselhado para os seguidores dos clássicos americanos e dos musicais dos anos 70.
Sem comentários:
Enviar um comentário