Antidote marca o regresso dos portugueses Moonspell às edições em disco, desta vez num lançamento conjunto com José Luís Peixoto. O disco é acompanhado por um livro ("Antídoto") do escritor com pequenas peças inspiradas em cada uma das faixas do alinhamento.
O registo é cavado e revoltoso, muito maduro, asseverando a rodagem do grupo de Fernando Ribeiro na sua senda pelo mundo do metal gótico, universo onde reúnem o apoio de imensos séquitos, aquém e além-fronteiras. O sexto trabalho da banda mereceu uma produção assisada, apoiada no seu som cru e duro, partindo para a concepção de texturas complexas, feitas de angústias obscuras e de gritos lancinantes de reflexão interior. O nível das composições é soberbo, como nunca antes na carreira do grupo, contribuindo para fazer deste Antidote o trabalho mais ambicioso e mais bem conseguido dos Moonspell.
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