O grupo norte-americano The Faint já passou por diversas mudanças e, após cada uma delas, surgiu mais expedito, captando novas impressões e prosélitos incondicionais. A evolução partiu da pop lo-fi, influenciada pelo punk, para um som mais elaborado. Depois de em 2001 terem atingido um considerável êxito com Danse Macabre, os The Faint amadureceram, adoptando uma doutrina mais eclética, perfeitamente demonstrada neste Wet From Birth, o seu quarto longa duração.
A subtileza dos elementos electrónicos, as guitarras engenhosas e as percussões fortes são os ingredientes principais deste registo. Os anos oitenta são ainda a sua inspiração primaz, embora o grupo tenha conseguido o passo em frente, pela integração de novos instrumentos e pela introdução de conceitos modernos e ambiciosos. Todavia, a composição musical é um pouco previsível, induz monotonia no ouvinte. Ainda assim, há momentos especiais neste disco, com alguma puerilidade mas irreverentes e satíricos, como "Erection" (a la Depeche Mode), "Dropkick The Punks", "Phone Call" ou "Desperate Guys". Neste trabalho, são facilmente detectáveis as semelhanças com os Radio 4.
Wet From Birth é uma mistura do melhor e do pior dos The Faint. Mas devem ouvi-lo.
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