Os Monty Python foram a mais franca evidência de que a demência anda de mãos dadas com o génio. Durante anos, a famosa série televisiva Monty Python's Flying Circus cativou gerações de públicos diferentes, de todas as faixas etárias, raças, religiões ou sexos. Os Monty Python personificavam um supremo exercício de humor excêntrico, deliciosamente libertino e sem limites à invenção que marcou uma época na televisão, primeiro, no cinema, depois. Este registo em DVD, lançado recentemente no mercado nacional, é uma recolha dos momentos mais especiais dos dois primeiros tomos da série Flying Circus, gravados em 1971, e onde podemos ver no seu melhor os consagrados John Cleese, Eric Idle, Graham Chapman, Terry Jones e Michael Palin.
Do versátil rol de sketches fazem parte excertos tão lunáticos quanto as aulas de auto-defesa contra ataques com peças de fruta, o bando de velhotas delinquentes, a delirante expedição ao Kilimanjaro, um papagaio morto, o sádico tocador de órgão de ratos, o escritor de anedotas que morre com a sua melhor criação (que há-de servir como arma na Segunda Guerra Mundial!), os carros assassinos que pretendem "limpar" a cidade de Londres dos peões, o garfo sujo no restaurante de luxo que leva à loucura o seu staff, o ladrão de bancos que assalta uma loja de lingerie, o enfadonho contabilista que quer ser domador de leões, o programa de T.V. que chantageia os espectadores a troco da não revelação de factos comprometedores da sua vida pessoal, a indescritível competição desportiva de eleição do idiota do ano, entre outros, sempre apimentados por originais momentos animados de arte pop, uma das imagens de marca dos Monty Python.
O desfile de talento do quinteto de cómicos britânicos é imparável, o entretenimento está assegurado. Vale sempre a pena recordar os Monty Python, os reis do nonsense. E agora, algo completamente diferente...
Sem comentários:
Enviar um comentário