Com as memórias das peças mais elogiadas do percurso dos Young Gods à distância de muitos anos, afinal eles formaram-se há mais de duas décadas, tendo fornecido matérias essenciais (e pioneiras) à ascensão do rock industrial na Europa, no final da década de oitenta, é refrescante descobrir que a fórmula, volvidos todos estes anos, mantém o fervor e a eficácia das origens. A guitarra de espírito vilão, muitas vezes modificada artificialmente, continua a ser a medula de composições esquizofrénicas e deliciosamente pautadas pela arritmia, pelas implosões da percussão e pelo delírio da fusão com padrões electrónicos. As ferramentas do costume, portanto, com a excepção (pouco consistente e nada congruente) de "Stay With Us", ensaio de pretensa meditação electrónica, a fazer lembrar o despiciendo e excêntrico Music For Artificial Clouds (2004). Esquecida essa intrigante incursão por espaços sonoros menos convenientes para os Young Gods, Super Ready/Fragmenté é seguro enunciado (porque assente em conceitos perfeitamente sedimentados) de um estilo que fez escola e que, não merecendo unanimidade dos melómanos, nem indo além da mediania (as proposições destrinçadoras estão em "I'm the Drug" e "Freeze"), servirá para apresentar os Young Gods às gerações mais jovens.
terça-feira, 15 de maio de 2007
The Young Gods - Super Ready/Fragmenté
Com as memórias das peças mais elogiadas do percurso dos Young Gods à distância de muitos anos, afinal eles formaram-se há mais de duas décadas, tendo fornecido matérias essenciais (e pioneiras) à ascensão do rock industrial na Europa, no final da década de oitenta, é refrescante descobrir que a fórmula, volvidos todos estes anos, mantém o fervor e a eficácia das origens. A guitarra de espírito vilão, muitas vezes modificada artificialmente, continua a ser a medula de composições esquizofrénicas e deliciosamente pautadas pela arritmia, pelas implosões da percussão e pelo delírio da fusão com padrões electrónicos. As ferramentas do costume, portanto, com a excepção (pouco consistente e nada congruente) de "Stay With Us", ensaio de pretensa meditação electrónica, a fazer lembrar o despiciendo e excêntrico Music For Artificial Clouds (2004). Esquecida essa intrigante incursão por espaços sonoros menos convenientes para os Young Gods, Super Ready/Fragmenté é seguro enunciado (porque assente em conceitos perfeitamente sedimentados) de um estilo que fez escola e que, não merecendo unanimidade dos melómanos, nem indo além da mediania (as proposições destrinçadoras estão em "I'm the Drug" e "Freeze"), servirá para apresentar os Young Gods às gerações mais jovens.
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