Por detrás do título Popnoname mora o alemão Jens Uwe Beyer, um dos novatos da recente estirpe da cena digital de Colónia a que, na urgência mediática de rótulos, a crítica especializada se apressou a chamar de Bit Generation e que tem no selo Kompakt um dos mais expressivos cancioneiros (Justus Köhncke, Tobias Thomas, Michael Mayer, Reinhard Voigt, Superpitcher, são alguns dos filiados). A proposta Popnoname é simples: cultor da relação óbvia entre o experimentalismo electrónico (nas mais variadas formas de música dançável) e a eficácia de uma abordagem pop, Jens Uwe Beier constrói peças leais à fórmula de crescendos cíclicos (chame-se-lhe progressismo) e a abraçar diversas permutas estéticas, do minimalismo à abstracção, do colorido tecnho à propagação ambiental, dos vocais à abstracção instrumental. No fundo, White Album traduz uma harmoniosa profusão de matérias digitais, por vezes transbordando as fronteiras da música de dança e anunciando um certo fôlego cinematográfico (ilustrado en passant nas magna peças do álbum, "Kapital" e "Mother Earth") que, todavia, não desvia o disco da órbita pop-rave (palavras do próprio Beier) que, de certa forma, confirma as tendências fusórias de géneros dos últimos produtos da electrónica alemã.
Posto de escuta MySpace de Popnoname
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