Depois de rescindir com a multinacional EMI e criar a sua própria etiqueta, a brasileira Fernanda Abreu embarcou no encargo de traçar uma asserção musical pela paz. O binómio paz/violência preenche o imaginário do disco, feito de sonoridades hodiernas, conjugadas com o mais castiço uso musical brasileiro. Segundo a autora, o intento é "desarmar os corações, os espíritos e as mãos".
O discurso positivo está presente no disco sem pieguices, é congruente e alicerça-se num sedutor andamento funk que sacode a ossatura e desperta consciências entorpecidas. Este registo é fresco, sedutor, ritmado. A produção é imaculada, produzindo um som cristalino e que traduz com primor a alma da intérprete. Fernanda Abreu é hoje um dos mais sólidos nomes da moderna música brasileira. A escutar...
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