Apreciação final: 6/10
Edição: V2, Março 2005
Género: Pop-Rock Alternativo
Edição: V2, Março 2005
Género: Pop-Rock Alternativo
Stereophonics - Language.Sex.Violence.Other?
O quinto trabalho dos galeses Stereophonics indica um rumo diferente para a banda de Kelly Jones. A matriz primária de "Language.Sex.Violence.Other?" é ostensivamente rock. A confiança do grupo na escrita (especialmente de Jones) deste registo é quase palpável, numa viragem vibrante que percorre as mais variadas gamas do rock, desde o mainstream dos U2 ao ruído pós-Nirvana, sem esquecer as tendências recentes do Reino Unido. Um passo em frente de uma banda cuja consciência criativa foi capaz de sobreviver à mediocridade insípida dos últimos registos. Em "Language.Sex.Violence.Other?" só falta aquela pontinha de génio que faz a diferença. Ainda assim, a honestidade da mudança merece uma escuta.
Apreciação final: 7/10
Edição: V2, Março 2005
Género: Pop Alternativo
Edição: V2, Março 2005
Género: Pop Alternativo
Brendan Benson - The Alternative To Love
A música de Brendan Benson é limpa e viçosa e apela a um universo de canções de uma pop evoluída e madura, saudosa dos Beatles e alinhada com Evan Dando ou Brian Wilson. O ritmo dançável, as vozes de suporte, os genuínos riffs de guitarra , as incursões suaves pela electrónica e o tempero do imaginário Lennon compõem este The Alternative To Love. O disco revela-se numa fórmula charmosa, ainda que peque por se apegar a ela num jeito polido demais, incapaz de incutir aquele elemento de destrinça que o catapultaria para outro nível. De qualquer forma, um disco pop delicioso e versátil que, sem correr grandes riscos, é um deleite para os ouvidos. Recomendável.
Apreciação final: 6/10
Edição: Atlantic, Março 2005
Género: Indie Rock/Garage Rock
Edição: Atlantic, Março 2005
Género: Indie Rock/Garage Rock
Louis XIV - The Best Little Secrets Are Kept
O quarteto americano Louis XIV combina com glamour uma vertente hedónica luxuriante e lasciva com as alegorias e os desmandos de uma fórmula rock desregrada, saudosa da década de 70. A atmosfera deliciosamente retro é pautada por textos pró-obscenidade, retirados de um imaginário de exaltação da sexualidade, e por texturas sónicas enérgicas que, sublinhando uma insanidade rock saudável, não apagam a mediania do apego a lugares comuns.
Apreciação final:6/10
Edição: Island, Março 2005
Género: Pop-Rock Alternativo/Electro-Rock Revivalista
Edição: Island, Março 2005
Género: Pop-Rock Alternativo/Electro-Rock Revivalista
The Bravery
Seguidores de uma tendência de fusão entre a new wave dos anos oitenta e o rock moderno, os The Bravery apresentam um som que traz à memória, em porções indissociáveis, a voz de Robert Smith e a música dos Duran Duran. Mas The Bravery acrescenta a esse espaço um cunho próprio, onde as guitarras se impõe um alvoroço revivalista muito fashion e cuja combinação equilibrada com elementos electrónicos produz uma toada sedutora e dançável. Contendo algumas faixas de bom nível, o registo é penalizado pelo descuido criativo de outras. Ainda assim, The Bravery é um tomo que, não revolvendo as estruturas do rock revivalista, assegura o mínimo entretenimento.
Apreciação final: 6/10
Edição: Zona Música, Março 2005
Género: Pop-Rock
Edição: Zona Música, Março 2005
Género: Pop-Rock
Margarida Pinto - Apontamento
Margarida Pinto era a voz doce e meiga que guiava o projecto Coldfinger. No seu primeiro trabalho a solo, Apontamento, há uma toada subtilmente jazz que suporta composições maduras e inteligentemente construídas. As letras vêm do universo Pessoa e da própria cantora, responsável também pela escrita da maior parte das canções. A diferença em relação aos Coldfinger: texturas sónicas mais acústicas que sublevam a voz de Margarida. O problema: não há em Apontamento nada de verdadeiramente novo, as canções achegam-se perigosamente da mediania, não se desatando dos seus próprios limites. A graciosa voz de Margarida Pinto merece mais.
Apreciação final: 7/10
Edição: Tomlab, Fevereiro 2005
Género: Indie Rock
Edição: Tomlab, Fevereiro 2005
Género: Indie Rock
Patrick Wolf - Wind In The Wires
Patrick Wolf é um artista multifacetado. Wind In The Wires é o seu mais recente trabalho. As composições aceitam a fórmula de crescendo, onde os instrumentos se acrescentam gradualmente com aptidão, compondo um corpo final homogéneo e que apaixona pela raridade. A voz incomum dá expressão a músicas que cruzam com parcimónia a electrónica e o classicismo dos elementos de cordas, em pedaços cuja funcionalidade maior é a sua aparente desconexão que, afinal, resulta numa aglutinação sedutora de clímax nos refrões acolhedores. Essencialmente orgânico e elegante, Wind In The Wires mistura pós-modernismo e antiguidade, caminhando em passadas fiéis a um estilo cuja lei essencial é a invenção de coisas novas.
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