Apreciação final: 6/10
Edição: Echo, Janeiro 2005
Género: Pop-Rock
Edição: Echo, Janeiro 2005
Género: Pop-Rock
Quinte registo de estúdio do colectivo de Newport, Pushing The Senses aproxima os Feeder do som pop do momento, na onda dos Keane, Snow Patrol, mesmo Coldplay, ainda que se note uma inflexão no discurso típico dos Feeder: estão mais melancólicos, o disco é um pouquinho menos rock. A esse pormenor não terá sido estranho o suicídio do baterista Jon Lee, três anos antes da edição deste trabalho. E este desvio do grupo não será penalizador? Esta psicótica mudança afasta os Feeder das idiossincrasias que construiram no passado e confunde o auditor. Afinal, Pushing The Senses é um disco pop simpático mas assemelha-se a uma amálgama desordenada de emoções taciturnas que desiludirá os incondicionais adeptos do que os Feeder foram.
A estrutura angular do som dos galeses parece ter-se esboroado na constrangedora propensão baladeira, já detectada no álbum anterior, que desvirtua a alma dos compositores de Buck Rogers, Tangerine ou Crash. Indiscutivelmente, os Feeder prosseguem a degeneração, perderam o norte e arriscam o sumiço dos adeptos de longa data. Perde o universo indie, ganha o mundo mainstream. Por fim, Pushing The Senses empurra-nos os sentidos não na orientação típica dos Feeder mas na de uma outra coisa qualquer em que eles se transformaram. Finados os Feeder, salva-se a pop.
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