Lasse Marhaug e John Hegre, as duas metades do projecto norueguês Jazzkammer (nesta edição grafado apenas com um "z" e um "m"), levam quase uma década de temerária sonda às extremidades do noise digital. Não causa admiração que, na peugada de outros artífices do género (Tim Hecker, por exemplo) que, nos tempos mais recentes, se deram à proximidade com algumas variantes do metal, os dois escandinavos tenham recrutado para este retorno alguns nomes sonantes desse movimento, mormente o guitarista/teclista Ivan Bjornson (Enslaved), o baterista Iver Sandoy e o guitarrista Olav Kristiseter (ambos dos Manngard). O desenlace é um feliz pacto entre o metal negro e extremo, em diversos galopes, e a feição emocional do experimentalismo típico da sigla Jazkamer. Embora a primeira dessas substâncias pareça prevalecer, a ponto de Metal Music Machine ser mais um disco de sons com peso do que propriamente um exercício de experimentação sónica, há nas entrelinhas das cinco peças do alinhamento o quinhão decisivo para destrinçar este álbum de outros: as costuras a noise digital. É também essa a inscrição (indispensável) de Marhaug e Hegre neste monumento de metal depurado nas máquinas, a que assenta como uma luva o título roubado a Lou Reed.
segunda-feira, 15 de janeiro de 2007
Jazkamer - Metal Music Machine
Lasse Marhaug e John Hegre, as duas metades do projecto norueguês Jazzkammer (nesta edição grafado apenas com um "z" e um "m"), levam quase uma década de temerária sonda às extremidades do noise digital. Não causa admiração que, na peugada de outros artífices do género (Tim Hecker, por exemplo) que, nos tempos mais recentes, se deram à proximidade com algumas variantes do metal, os dois escandinavos tenham recrutado para este retorno alguns nomes sonantes desse movimento, mormente o guitarista/teclista Ivan Bjornson (Enslaved), o baterista Iver Sandoy e o guitarrista Olav Kristiseter (ambos dos Manngard). O desenlace é um feliz pacto entre o metal negro e extremo, em diversos galopes, e a feição emocional do experimentalismo típico da sigla Jazkamer. Embora a primeira dessas substâncias pareça prevalecer, a ponto de Metal Music Machine ser mais um disco de sons com peso do que propriamente um exercício de experimentação sónica, há nas entrelinhas das cinco peças do alinhamento o quinhão decisivo para destrinçar este álbum de outros: as costuras a noise digital. É também essa a inscrição (indispensável) de Marhaug e Hegre neste monumento de metal depurado nas máquinas, a que assenta como uma luva o título roubado a Lou Reed.
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