Foi o burburinho da blogosfera que lhes fez grande parte da reputação e os atirou para os palcos mediáticos da cena nova-iorquina, primeiro, e do mercado americano, depois, em resposta a uma edição de autor homónima que depressa se tornou um dos títulos mais requisitados de 2005. Não sendo um exemplo de originalidade, o disco projectava-se no referencial de coordenadas dos Violent Femmes ou dos Talking Heads, encontrando aí vida própria e uma curiosa (e talentosa) fórmula para a construção de canções de fino recorte. Some Loud Thunder é o sucessor e leva-nos, desde os primeiros acordes, para outras paragens. Decididamente mais experimentais (não necessariamente melhores...) e, por isso, mais errantes, as novas composições parecem enredar-se a si mesmas num novo paradigma de cadências mais lentas, arestas limadas pela produção e texturas menos rock. E diminuir a porção de deliciosa energia e laconismo rock da estreia, afinal o catalisador da sua frescura, é um risco muito penalizador do som dos CYHSY. Fica a esperança de que eles retomem a descoberta de si mesmos (de que o álbum de debute é um manifesto), antes de partirem para a redescoberta experimental do seu som. Ainda é cedo para aparecerem outros Flaming Lips.
segunda-feira, 29 de janeiro de 2007
Clap Your Hands Say Yeah - Some Loud Thunder
Foi o burburinho da blogosfera que lhes fez grande parte da reputação e os atirou para os palcos mediáticos da cena nova-iorquina, primeiro, e do mercado americano, depois, em resposta a uma edição de autor homónima que depressa se tornou um dos títulos mais requisitados de 2005. Não sendo um exemplo de originalidade, o disco projectava-se no referencial de coordenadas dos Violent Femmes ou dos Talking Heads, encontrando aí vida própria e uma curiosa (e talentosa) fórmula para a construção de canções de fino recorte. Some Loud Thunder é o sucessor e leva-nos, desde os primeiros acordes, para outras paragens. Decididamente mais experimentais (não necessariamente melhores...) e, por isso, mais errantes, as novas composições parecem enredar-se a si mesmas num novo paradigma de cadências mais lentas, arestas limadas pela produção e texturas menos rock. E diminuir a porção de deliciosa energia e laconismo rock da estreia, afinal o catalisador da sua frescura, é um risco muito penalizador do som dos CYHSY. Fica a esperança de que eles retomem a descoberta de si mesmos (de que o álbum de debute é um manifesto), antes de partirem para a redescoberta experimental do seu som. Ainda é cedo para aparecerem outros Flaming Lips.
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1 comentário:
realmente a recaída é bastante notória...
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