Eles são três moços suecos e chegam (finalmente) a alguma notoriedade, depois de dois álbuns subvalorizados pelos circuitos da música indie. Tal promoção deve-se, em grande parte, ao hype crescente que foi, paulatinamente, conquistado pelo terceiro registo do trio. Dir-se-ia que, numa penada, estes escandinavos abraçam um espectro sonoro de alcance histórico lato. Na primeira linha das influências, como se percebe logo nas primeiras audições, está a pop limpa e jovial dos 60's, de simplicidade estética e alguma exuberância vocal. A par dessa evidência, o disco parece acatar outras coordenadas: as guitarras simbólicas do shoegaze são substância sóbria e dominante, sempre reverberantes e melódicas; depois, a translucidez casual de pozinhos de electrónica minimalista alude a paisagens sónicas mais delicadas. Tudo junto, umas vezes com mais originalidade ("Young Folks" é eixo decisivo para comparações, com a voz convidada de Victoria Bergsman, dos conterrâneos Concretes) do que noutras, Writer's Block está muito bem escrito e arrumado. Por isso, além do rótulo de ode ao amor, também lhe assentam bem as vestes de um dos melhores produtos pop de 2006.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
Peter Bjorn and John - Writer's Block
Eles são três moços suecos e chegam (finalmente) a alguma notoriedade, depois de dois álbuns subvalorizados pelos circuitos da música indie. Tal promoção deve-se, em grande parte, ao hype crescente que foi, paulatinamente, conquistado pelo terceiro registo do trio. Dir-se-ia que, numa penada, estes escandinavos abraçam um espectro sonoro de alcance histórico lato. Na primeira linha das influências, como se percebe logo nas primeiras audições, está a pop limpa e jovial dos 60's, de simplicidade estética e alguma exuberância vocal. A par dessa evidência, o disco parece acatar outras coordenadas: as guitarras simbólicas do shoegaze são substância sóbria e dominante, sempre reverberantes e melódicas; depois, a translucidez casual de pozinhos de electrónica minimalista alude a paisagens sónicas mais delicadas. Tudo junto, umas vezes com mais originalidade ("Young Folks" é eixo decisivo para comparações, com a voz convidada de Victoria Bergsman, dos conterrâneos Concretes) do que noutras, Writer's Block está muito bem escrito e arrumado. Por isso, além do rótulo de ode ao amor, também lhe assentam bem as vestes de um dos melhores produtos pop de 2006.
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1 comentário:
Absolutamente de acordo! Acho que o sinal foi mesmo dado pelo tema "Young Folks". Há quem diga que o anterior trabalho deles é bem melhor que 'Writer's Block'. Não sei. Não conheço os registos anteriores.
Abraço e um Feliz 2007!
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