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Planet Mu
2007
Apesar das suas inúmeras personas artísticas - o rapaz também assina, entre outros pseudónimos, como Wagon Christ, Ace of Clubs, Spac Hand Luke, Plug, Kerrier District, Butler Kiev ou Amen Andrews - e da extensa discografia a elas associada, foi com o nome próprio que o britânico Luke Vibert se afirmou como protagonista maiúsculo do orbe electrónico. Tentado pelos diferentes ares da música sintética, Vibert leva quase duas décadas a disciplinar uma verve capaz de se expressar em estéticas várias, desde o drum'n'bass escolástico - de que foi um dos pioneiros mais relevantes - ao experimentalismo da música ambiental e às tendências correntes da culture club britânica. Chicago, Detroit, Redruth, quarto registo com a assinatura Luke Vibert, é mais uma achega para uma obra aberta a diversos estilos e subdivisões. De resto, é notória uma certa inconstância estrutural no alinhamento desta edição, daí derivando uma inferência de contraste: Chicago, Detroit, Redruth é álbum dinâmico e transversal às várias identidades estéticas de Vibert - e, também por isso, revela-se um disco pouco coeso e de linguagens com congruência incerta. E, embora a diversidade (ou fusão de identidades?) possa ser vista como factor galvanizante por muitos (inclusivamente, como motivo potenciador do surgimento de algumas pérolas como as superlativas "Rapperdacid", "Brain Rave" ou "Argument Fly") e seja, em rigor, um atestado das aptidões mutantes de Vibert, acaba por sair penalizada a harmonia do conjunto, na medida em que não chega a perceber-se uma causa unificadora.
Planet Mu
2007
Apesar das suas inúmeras personas artísticas - o rapaz também assina, entre outros pseudónimos, como Wagon Christ, Ace of Clubs, Spac Hand Luke, Plug, Kerrier District, Butler Kiev ou Amen Andrews - e da extensa discografia a elas associada, foi com o nome próprio que o britânico Luke Vibert se afirmou como protagonista maiúsculo do orbe electrónico. Tentado pelos diferentes ares da música sintética, Vibert leva quase duas décadas a disciplinar uma verve capaz de se expressar em estéticas várias, desde o drum'n'bass escolástico - de que foi um dos pioneiros mais relevantes - ao experimentalismo da música ambiental e às tendências correntes da culture club britânica. Chicago, Detroit, Redruth, quarto registo com a assinatura Luke Vibert, é mais uma achega para uma obra aberta a diversos estilos e subdivisões. De resto, é notória uma certa inconstância estrutural no alinhamento desta edição, daí derivando uma inferência de contraste: Chicago, Detroit, Redruth é álbum dinâmico e transversal às várias identidades estéticas de Vibert - e, também por isso, revela-se um disco pouco coeso e de linguagens com congruência incerta. E, embora a diversidade (ou fusão de identidades?) possa ser vista como factor galvanizante por muitos (inclusivamente, como motivo potenciador do surgimento de algumas pérolas como as superlativas "Rapperdacid", "Brain Rave" ou "Argument Fly") e seja, em rigor, um atestado das aptidões mutantes de Vibert, acaba por sair penalizada a harmonia do conjunto, na medida em que não chega a perceber-se uma causa unificadora.
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