Apreciação final: 7/10
Edição: Trapez/Ultima/Matéria Prima, Novembro 2005
Género: Techno Minimalista
Sítio Oficial: www.traumschallplatten.de
Edição: Trapez/Ultima/Matéria Prima, Novembro 2005
Género: Techno Minimalista
Sítio Oficial: www.traumschallplatten.de
Com algumas edições destacadas no panorama da música electrónica de Espanha, Alex Under ganhou o respeito da crítica e solidificou a firme reputação que faz dele, hoje, um dos mais respeitados produtores techno-house do país vizinho. A matemática sónica de Alex Under resume-se à combinação de diversos vectores: o minimalismo nos conceitos, o recurso a estruturas melódicas psicadélicas, a matriz rítmica bem definida, as batidas incisivas e combinadas com uma linha bass de contornos nítidos e o encadeamento (des)construtivo. Este é o longa-duração de estreia do espanhol e divide o seu balanço entre o registo da techno mais magnética e do house mais perturbador, sintetizando uma filosofia minimalista sem pejo de curvar. Em qualquer dos registos, a sobriedade e a sensatez das proporções não são beliscadas e, mesmo nos pedaços em que a paleta de sons se dilata, sobra intuitivamente a noção de que cada parcela é um investimento que beneficia o produto final. Mais do que isso, este álbum é um disco de pulsação veemente e sangue na guelra, mormente na segunda metade do alinhamento onde se sublimam os preparos dançantes das composições e se impõe uma toada galvanizante, como na admirável re-edição de "Las Bicicletas Son Para El Verano", êxito já publicado de Under.
Se o título e a ilustração pastoral da capa do disco sugeriam um edifício sonoro rústico, a verdade é que os artefactos da quinta de Alex Under são tudo menos rudimentares e exibem, por oposição, com uma precisão maquinal, o lancinante vigor da electrónica puxada por um tractor quase tribal. Estas composições alimentam-se, em fórmulas circulares, de um incansável dínamo de forças centrípetas que convertem laconismo mecânico em hipnose impulsiva, em cachos de modernidade. Assim ao jeito de Richard Hawtin, vulgo Plastikman, é dificil não perceber compatibilidades com a filosofia digital deste mestre espanhol. E é raro não bater o pé ou desagrafar o traseiro do sofá ao som elástico desta quinta.
Posto de escutaProcure na grafonola os temas "Las Bicicletas Son Para El Verano", "Balas de Paja Maja", "El Ordenador Personal" e "Una Aguja en el Pajar"
3 comentários:
removeram meu comentario
nao pode falar palavrão bem intencionado aqui?
que horror!
whatever
gostei muito do seu blog
Os comentários serão sempre bem-vindos, desde que não violem as regras da boa comunicação e, logicamente, os ditos palavrões não serão tolerados no apARTES, independentemente intenção que lhes estiver associada.
Obrigado pela preferência.
Enviar um comentário