Depois de terminado o compromisso com o selo Def Jux, uma das primeiras confissões de Jon Krohn (aka Rjd2) remetia para a vontade do músico em redireccionar a sua música e embarcar numa rota pop. Ora, sabendo-se que os códigos pop não rimam especialmente bem com samples nem com electrónica de gueto, o produtor deixou de lado uma parte significativa da sua identidade, apostando, em The Third Man, numa orgânica instrumental menos sintética (com a excepção das batidas) e, outro facto novo, juntando vocais seus às composições. Além disso, a luminária hip hop, sempre presente nos trabalhos anteriores, foi igualmente dispensada, em favor de construções alinhadas com as essências pop mais convencionais e, por inerência, menos flexíveis. Tal perda de elasticidade é empolada pelo registo vocal que, ao somar um espectro tonal estreito, acaba por reduzir a eficácia das melodias, excepção feita à oportunidade de "Beyond the Beyond". O saldo final, ponderados os óbices e as virtudes do disco, suscita uma reflexão: Rjd2 continua a ser, mesmo com um ou outro exagero, um malabarista de sons de escol. E o novo tomo é uma simpática colecção de vestígios para um acontecimento maior que ele terá na forja.
terça-feira, 6 de março de 2007
Rjd2 - The Third Man
Depois de terminado o compromisso com o selo Def Jux, uma das primeiras confissões de Jon Krohn (aka Rjd2) remetia para a vontade do músico em redireccionar a sua música e embarcar numa rota pop. Ora, sabendo-se que os códigos pop não rimam especialmente bem com samples nem com electrónica de gueto, o produtor deixou de lado uma parte significativa da sua identidade, apostando, em The Third Man, numa orgânica instrumental menos sintética (com a excepção das batidas) e, outro facto novo, juntando vocais seus às composições. Além disso, a luminária hip hop, sempre presente nos trabalhos anteriores, foi igualmente dispensada, em favor de construções alinhadas com as essências pop mais convencionais e, por inerência, menos flexíveis. Tal perda de elasticidade é empolada pelo registo vocal que, ao somar um espectro tonal estreito, acaba por reduzir a eficácia das melodias, excepção feita à oportunidade de "Beyond the Beyond". O saldo final, ponderados os óbices e as virtudes do disco, suscita uma reflexão: Rjd2 continua a ser, mesmo com um ou outro exagero, um malabarista de sons de escol. E o novo tomo é uma simpática colecção de vestígios para um acontecimento maior que ele terá na forja.
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