Já não é notícia original dizer-se que a Pixar - recentemente adquirida pela Disney - é, hoje, o estúdio de animação com maior reputação, por força do grau das fitas produzidas nos últimos anos (o par de filmes Toy Story, Monstros & Cia., À Procura de Nemo e The Incredibles - Os Super Heróis são alguns exemplos). No título mais recente, Carros, o universo dos campeonatos NASCAR americanos, aqui servido por bólides animados, é o mote cénico, numa narrativa centrada na personagem do arrogante speedster Lightning McQueen (delicioso alvitre a Steve McQueen, também ele um entusiasta dos motores). Quando as desventuras do destino o levam à erma metrópole de Radiator Springs, urbe saudosa do rebuliço de outrora, dos tempos antes do advento da via rápida que a subtraiu às rotas dominantes, McQueen vai aprender uma profunda lição de humanidade e de valores. A expressão animada dos caracteres do filme tem a plausibilidade do costume na Pixar, ajudando à definição da densidade dramática das personagens e da consistência rítmica da história. É aí, como noutros momentos destes autores, que Carros vai além dos produtos concorrentes neste género, fazendo-nos crer que, por verosímil analogia, no lugar destes carros que falam e se comovem, podiam estar seres humanos de carne e osso. E estão cá, na versão original, as vozes de Owen Wilson, Paul Newman, do comediante redneck Larry the Cable Guy e Bonnie Hunt.
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