Um punhado de singles, lançados ainda no ano transacto, atiraram para cima dos londrinos Klaxons a atenção da comunidade melómana e revelaram um som geneticamente ligado ao arrebatamento energético e ritmos urgentes do punk, reconvertido às proposições recentes do rock mais dançante. Tambem cabe a electrónica mais optimista, portanto. A sempre prestes tentação dística da crítica depressa lhes colou um letreiro: precursores do "nu rave". De facto, não pode negar-se que Myths of a Near Future é festivo, às vezes imbecilmente jubiloso, e transmite vibração positiva em dose maciça, seja pelas vocalizações dobradas, pela percussão frenética ou pela junção psicadélica da guitarra e dos sons de síntese. Ainda que num ou noutro ápice o disco se mostre levemente iterativo, é a sublime produção que arruma a charanga eufórica do jovem quarteto no sítio mais oportuno, moderando os desconchavos e impondo critério ao turbilhão de energias. E é a mão dessa rédea que pode muito bem fazer dos Klaxons a versão mais crua e aberrante dos Franz Ferdinand. Ou a irónica (e prazenteira) nova sensação do não-rock produzido no caldeirão rock.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
The Klaxons - Myths of a Near Future
Um punhado de singles, lançados ainda no ano transacto, atiraram para cima dos londrinos Klaxons a atenção da comunidade melómana e revelaram um som geneticamente ligado ao arrebatamento energético e ritmos urgentes do punk, reconvertido às proposições recentes do rock mais dançante. Tambem cabe a electrónica mais optimista, portanto. A sempre prestes tentação dística da crítica depressa lhes colou um letreiro: precursores do "nu rave". De facto, não pode negar-se que Myths of a Near Future é festivo, às vezes imbecilmente jubiloso, e transmite vibração positiva em dose maciça, seja pelas vocalizações dobradas, pela percussão frenética ou pela junção psicadélica da guitarra e dos sons de síntese. Ainda que num ou noutro ápice o disco se mostre levemente iterativo, é a sublime produção que arruma a charanga eufórica do jovem quarteto no sítio mais oportuno, moderando os desconchavos e impondo critério ao turbilhão de energias. E é a mão dessa rédea que pode muito bem fazer dos Klaxons a versão mais crua e aberrante dos Franz Ferdinand. Ou a irónica (e prazenteira) nova sensação do não-rock produzido no caldeirão rock.
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3 comentários:
muito bons muito bons.
conheci-os através do programa do Nuno Galopim na RADAR.
_____,,_____
U-CLIC
electro/rock/arty/punk
[riscar o que não interessa]
O pop barulhento, entre Kraftwerk e Sonic Youth
Apresentação do álbum “Console Pupils”
http://img329.imageshack.us/img329/4431/ucot1.jpg
Videoclip Robot’n’Roll
http://youtube.com/watch?v=4JNkhseYkIo
Para audição
http://www.u-clic.com/consolepupils/
Crítica curta mas clara e objectiva. Gostei. Mesmo achando piada ao new rave dos rapazes.
Eu curto imenso os Klaxons! Ainda não tenho este álbum, mas a avaliar pelos singles e EP lançados em 2006, aquilo a que chamaram "New Rave" não irá faltar ao longo de todo o álbum. :) Muito fixe, mesmo!
Abraço!
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