Trazido ao orbe da música pela mão de Brendan Canty, percussionista dos Fugazi que conheceu ocasionalmente quando trabalhava em Los Angeles e que o encorajou a mostrar ao mundo as suas gravações pessoais, o americano Benjy Ferree estreia-se agora em disco. Ao escutar Leaving the Nest percebe-se a compostura e a sinceridade de um compositor que não era suposto sê-lo e de composições que não eram para mostrar. Guardada a feição intimista das canções e, por via dela, revelado um miolo melódico essencial, o álbum torna-se uma peça cativante, não tanto pela originalidade dos timbres evocados, mas pela quase-ingenuidade das estruturas, mínimas e a sondar espaços comuns aos White Stripes, aqui e ali, e com a melhor tradição da música americana como pano de fundo. Predominantemente acústico, Leaving the Nest faz jus à sugestão simbólica da capa e mostra-nos um trovador solto, sem pretensões e que, a despeito de não inovar, encontrou um nicho sónico significante para musicar as suas emoções. E explora-o dando ao mais genuíno dos códigos americanos a forma de boas canções pop.
domingo, 4 de fevereiro de 2007
Benjy Ferree - Leaving the Nest
Trazido ao orbe da música pela mão de Brendan Canty, percussionista dos Fugazi que conheceu ocasionalmente quando trabalhava em Los Angeles e que o encorajou a mostrar ao mundo as suas gravações pessoais, o americano Benjy Ferree estreia-se agora em disco. Ao escutar Leaving the Nest percebe-se a compostura e a sinceridade de um compositor que não era suposto sê-lo e de composições que não eram para mostrar. Guardada a feição intimista das canções e, por via dela, revelado um miolo melódico essencial, o álbum torna-se uma peça cativante, não tanto pela originalidade dos timbres evocados, mas pela quase-ingenuidade das estruturas, mínimas e a sondar espaços comuns aos White Stripes, aqui e ali, e com a melhor tradição da música americana como pano de fundo. Predominantemente acústico, Leaving the Nest faz jus à sugestão simbólica da capa e mostra-nos um trovador solto, sem pretensões e que, a despeito de não inovar, encontrou um nicho sónico significante para musicar as suas emoções. E explora-o dando ao mais genuíno dos códigos americanos a forma de boas canções pop.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário