Apreciação final: 7/10
Edição: Kill Rock Stars, Março 2005
Género: Indie Pop-Rock
Edição: Kill Rock Stars, Março 2005
Género: Indie Pop-Rock
O segundo trabalho do antigo vocalista dos M.I.J. visita a atmosfera contemplativa do primeiro registo e vem provar o engenho de Hanson na composição de canções ternas e acolhedoras. Recorrendo a falsetes peculiares que confundem o seu registo vocal com uma angélica voz feminina, Hanson escreve canções meditativas sobre amores perdidos e introspecções, em tons indie pop que se dividem entre a intimidade do timbre acústico e o vigor das orquestrações colectivas. O detalhe do álbum é aprimorado pelo requinte das interferências delicadas do piano, do violino, do acordeão e do violoncelo e pelo arrebatador e frágil sussurro da voz invulgar de Hanson. As composições são pequenos fragmentos poéticos de um diário revelado, com uma aura de tocante sinceridade e inventam um esconderijo cândido de recolhimento, onde se cruzam melancolicamente as mágoas pungentes e as esperanças deprimidas.
Jeff Hanson é um cantautor sublime, um trovador de emoções tresmalhadas que brotam viçosas, depois de, purgadas nas cordas de uma guitarra, vencerem as vertigens de silêncios negros dos abismos da alma. Com lugar estreito para a originalidade, ainda assim Jeff Hanson merece figurar entre as predilecções dos melómanos para este ano.
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