Magnolia Electric Co. - What Comes After The Blues (7/10)
Estreia em estúdio de Jason Molina (ex-Songs:Ohia), o registo invoca a tradição country mais profunda da América e molda-a, em composições harmónicas que a espaços lembram Neil Young, à forma do mais apurado sedativo para um dia de stress.
(Secretly Canadian, Abril 2005)
Corrosion of Conformity - In The Arms of God (6/10)
Rock pesado que não resvala para o facilitismo do nu metal mas cuja fonte inspiradora se resume a colagens mais ou menos assumidas de lugares comuns (leia-se Metallica ou Ozzy) bastante déjá-vu.
(Sanctuary, Abril 2005)
Le Peuple de l' Herbe - Cube (5/10)
Disco fresco e mexido, de ambiente cinematográfico tipo James Bond cruzado com referências hip-hop e tribais, sem espaço para ideias novas.
(PIAS, Fevereiro 2005)
The Presidents of The U.S.A. - Love Everybody (7/10)
Proposta rock descomprometida e viçosa, em homenagem reverente à tradição punk e que assegura, se não algo mais, pelo menos o entretenimento irresistível do auditor.
(Pusa Music, Agosto 2004)
Ted Leo & The Pharmacists - Shake The Sheets (6/10)
Pop alternativa com trejeitos de rock'n' roll entretido, feita de tons apelativos, guitarras angulares e refrões sensíveis que garantem a excitação mínima.
(Lookout, Outubro 2004)
Six Feet Under - 13 (4/10)
Death metal que bebe de influências mais meritórias e que, ainda que descarregue alguns quilos de volts em determinados instantes do disco, não escapa à incómoda sensação de plágio.
(Metal Blade, Março 2005)
Apocalyptica (5/10)
Os finlandeses que se celebrizaram com as versões de Metallica no violoncelo, prosseguem na tentativa de afirmar o seu próprio trabalho, combinando, com sucesso variável, as sonoridades de cordas clássicas com o formato mainstream do metal.
(Universal, Março 2005)
Kick Bong - A Cup Of Tea? (6/10)
Electrónica ambiente e experimental que recorre ao sampling com propriedade e que atinge, sem transcendências, uma solução de dub assinada com algum psicadelismo e uma interessante noção de proporção.
(Ultra Vista, Janeiro 2005)
Meshuggah - Catch Thirty Three (7/10)
Os suecos Meshuggah moldam uma atmosfera metal progressista e com algum experimentalismo (lembra-se dos Isis?).
(Nuclear Blast America, Maio 2005)
Venetian Snares - Winnipeg is a Frozen Shithole (6/10)
Aaron Funk apresenta-se desta vez num registo electrónico mais mecânico, menos melódico, menos acessível, com uma orgânica lustrosa e elaborada a que só falta o toque de genialidade de outros trabalhos.
(Sublight Records, Fevereiro 2005)
Posto de escutaWinnipeg is a frozen shitholeWinnipeg is a dogshit dildo
Gorillaz - Demon Days (7/10)
Versatilidade a rodos, acento tónico no aligeiramento do preceito hip-hop costumeiro e reforço das texturas indie compõe um registo sólido, coeso e recheado de boas composições.
(Virgin, Maio 2005)
De-Phazz - Natural Fake (6/10)
Os prolíficos De-Phazz regressam na fórmula habitual, os ritmos dançáveis que fundem a electrónica com a sensualidade do chill-out e dos embalos latinos, mas sem fugir à mediania.
(Universal, Abril 2005)
Damon & Naomi - The Earth Is Blue (7/10)
Sexto registo de uma dupla que se move nos terrenos da dream pop e que escreve paisagens sónicas de brilho e candura singulares, com vozes hipnóticas de melancolia. Emocionalmente poderoso.
(20/20/20, Fevereiro 2005)
Dead Meadow - Feathers (7/10)
Rock declaradamente pós-grunge, organicamente preciso e urdido com parcimónia, elevando vozes vagas e ambientes contemplativos a um estatuto merecedor de atenção.
(Matador, Fevereiro 2005)
Dirty Americans - Strange Generation (3/10)
Sugestão pretensamente rock que se limita a copiar os trejeitos das tendências mais ligeiras.
(Roadrunner, Maio 2004)
Esbjörn Svensson Trio - Viaticum (7/10)
Um dos segredos mais bem guardados do jazz escandinavo, o trio sueco apresenta uma escrita de bom nível, no formato piano/bateria/contrabaixo, permitindo-se o devaneio de algum improviso que, se retira formalismo ao disco, conquista os adeptos do virtuosismo.
(ACT Records, Janeiro 2005)
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