segunda-feira, 16 de maio de 2005

7 rapidinhas


Boom Bip - Blue Eyed in the Red Room (5/10)
Paisagens sonoras feitas de melodias electrónicas e ritmos pausados, a afrouxar as fronteiras do hip-hop e recheadas de melancolia instrumental mas sem rasgos significativos de inventividade.
(Lex, Março 2005)







Built Like Alaska - Autumnland (6/10)
Orgânicamente elaborado e assente em toadas lentas, o mais recente trabalho dos Built Like Alaska remexe na sensibilidade folk e percorre com minúcia o espectro da nostalgia, piscando hipnoticamente o olho a uma certa pop quase barroca e à fórmula do rock independente.
(Future Farmer/Sweat of the Alps, Fevereiro 2005)








The A-Frames - Black Forest (6/10)
Trio de Seattle, os The A-Frames são artesanos de um rock preguiçoso, um som irreverentemente cru e caótico, com laivos de psicadelismo, e cuja mecânica essencial encaixa numa reinvenção única das raízes do punk.
(Sub Pop, Março 2005)







Adrian Belew - Side One (7/10)
Um guitarrista de primeira água apresenta um rock desregrado e com tendência experimental, onde cabem influências da fórmula progressiva e de Zappa.
(Sanctuary, Janeiro 2005)







Julian Cope - Citizen Cain'd (6/10)
Edição dupla de rock directo e instrumentalmente incisivo, com vocalizações dissimuladas entre as distorções e ruídos típicos de uma gravação rudimentar que invoca a matriz da tradição blues e lhe infunde uma esquizofrénica miscelânea de ingredientes. O desfecho: um álbum psicadélico de garagem, saído da mente de um engenhoso druida cujo filão de criatividade mais original parece ter-se esgotado no passado.
(Head Heritage, Janeiro 2005)





Vic Chesnutt - Ghetto Bells (7/10)
Pleno de urbanidade e sentido de proporção, o mais recente trabalho do compositor paraplégico da Geórgia é um disco sem medo do risco, de emoções fortes e contrastantes que recebe com agrado o númen da soul e do blues, moldando-o à mistura fina da voz cava de Chesnutt com o talento de músicos de eleição como o guitarrista Bill Frissell, o teclista Van Dyke Parks e o baterista Don Heffington.
(New West, Março 2005)







Akron/Family (7/10)
Desafio pós-rock místico e experimental com vocalizações invulgares e sons atípicos que compõem uma orgânica atmosférica e sedutora, de momentos com beleza transcendental e que merecem uma escuta veneradora. Primeiro disco de um projecto que promete vingar e que cruza destramente o universo folk com a grandeza etérea de outros mundos.
(Young God, Março 2005)

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