Apreciação final: 8/10
Edição: Bar/None, Março 2005
Género: Electrónica Alternativa/Pop Alternativa
Edição: Bar/None, Março 2005
Género: Electrónica Alternativa/Pop Alternativa
Não se deixe enganar pelo nome, os Architecture in Helsinki são um octeto australiano (de Melbourne). Normalmente reconhecidos pela completude invulgar do seu som, especialmente em virtude do recurso a um vasto arsenal de instrumentos - entre eles estão a tuba e o clarinete - os músicos tecem protótipos sónicos que misturam com engenho a orgânica electrónica e o imaginário da pop naïf. Neste In Case We Die, o registo é multidimensional e corta transversalmente uma miríade de influências, resultando numa massa acústica inédita e marcada por oscilações contínuas no alinhamento do disco e variações em frenesi nas faixas. A produção cristalina é o pedestal acertado para a condição vibrante da face instrumental, a que se juntam espectros vocais diversificados (os oito elementos do grupo dão um contributo). Tudo junto, In Case We Die assemelha-se a um ponderado laboratório de experiências sonoras, confirmando os Architecture in Helsinki como artesãos na primeira linha da reinvenção das estruturas da música. A indefinição e o caos do espaço criativo do grupo é, neste caso, o mérito maior do disco.
Versatilidade a rodos, talento à larga e uma noção de liberdade criativa nos limites da sensatez são os condimentos essenciais de In Case We Die. Encaixá-lo no escaparate ordenado de um género musical na loja de discos do quarteirão? Impossível. Ouvi-lo? Obrigatório.
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