Apreciação final: 8/10
Edição: Fevereiro 2005
Género: Indie Rock/Cantautor
Edição: Fevereiro 2005
Género: Indie Rock/Cantautor
Depois do aclamado 1972 (2003), Josh Rouse está de volta. O registo é símil: rock brando e preguiçoso que se confunde com pop sofisticada. Nesse preceito, Nashville é o nexo musical vinculador de um estado de alma caloroso, aqui e ali sorumbático, confesso e desarmado. A precisão artesanal das composições sublima o talento do músico natural do Nebraska, expondo influências da pop britânica, em junções pacíficas com a tradição folk americana.
Nashville é uma viagem às raízes de Rouse, também à origem mais profunda dos costumes sónicos americanos. É ainda um retrato fiel dos dotes de Josh Rouse, reafirmando terminantemente a sua inclusão na mais fina linhagem de cantautores contemporâneos.
Este trabalho é uma romanesca mostra da insustentável leveza da nostalgia, do marasmo estagnador das recordações e da castradora pertinência da interrogação. Rouse carrega nos sublinhados do pretérito, fá-lo sem enredos ou cavilações e toca-nos profundamente. Nashville tem um vigor monopolizador, capta-nos o subconsciente, encanta-nos pelo bom gosto. Rouse oferece-nos um volume adornado pelo tímido toque de Midas que coloca na escrita. Resta-nos escutá-lo e perceber a intacta fragilidade das canções que, afinal, é a sua mais comovente virtude.
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