Apreciação final: 6/10
Edição: Setembro 2004
Género: Blues Alternativo/Indie Rock
Edição: Setembro 2004
Género: Blues Alternativo/Indie Rock
Mais do que a composição, a causa primaz dos Blues Explosion (deixaram cair o 'Jon Spencer'?) é o vigor genuíno e o poder da expressão que fazem deles um dos mais excitantes ensembles do rock mais alternativo. Neste registo, o sétimo da banda, o leque de convidados expande-se à produção (Dan The Automator, David Holmes e DJ Shadow fazem uma "perninha") e aos músicos. A proposta: a mais provocante e imaginativa reinvenção do rock'n'roll e do blues. O exercício é uma pura e musculada abordagem do trio, alargando os seus horizontes a planos não previstos anteriormente. Percebem-se as vísceras de um som que os Blues Explosion tinham escondido, Damage faz mesmo estragos - é uma pedrada no charco do conformismo.
Os Blues Explosion devolvem o rock ao estatuto perdido de música do Demo (mesmo que o não assumam - escutar "Help These Blues"); fazem-no diligentemente e não se impõem limites. A distorção explode sem pudor, as percussões cadenciam com firmeza, Spencer vocifera. Em nome do amor ao rock? E no seio da esfuziada estrepitante, percebe-se a subtileza da escrita? É certo que o disco é convicto, assoma-se de punhos cerrados, mas os clichés levam a melhor...o potencial do trio Blues Explosion exige mais. Damage é uma insana e excêntrica agitação do rock'n'roll mas não chega para o despertar definitivamente da letárgica hibernação a que se sacrificou.
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