Edição de autor, 2013
Desde a sua génese, o trio Death Grips parecia ter um encontro marcado com um destino iconoclasta, não apenas por estar assente numa formação aparentemente pouco convencional - dadas as proveniências estéticas dos integrantes -, mas sobretudo por não se anteciparem simbioses estéticas pacíficas entre os mesteres de cada um deles. Zach Hill é um terrorista da percussão (também produtor) que já trabalhou com meio mundo, de Mike Patton aos Hella, de Omar-Rodriguez Lopez aos Boredom; Stefan "MC Ride" Burnett é um dos mais estrondeantes mic man do momento; Andy "Flatlander" Morin é um alquimista das teclas e da programação. Com premissas deste calibre e tendo em conta a militância intrépida do grupo em nome de causas mais ou menos "polémicas", todas a redundarem no combate ao preconceito, não admira que a música do trio de Sacramento já tenha merecido adjectivos e rótulos de toda a espécie, sempre em volta do ideário rap. Em boa verdade, a música que produzem continua a ser virtualmente inclassificável, mesmo depois de dois álbuns e algumas edições avulsas.
Na abordagem à paleta de sons deste Government Plates aconselha-se prudência, como não podia deixar de ser. É sabido que este trio é radical, gosta do confronto e do choque e verte essas afinidades na sua música. Música à parte de convenções, de preconceitos, de regras, de padrões. Alguém inspiradamente chamou a isto hip-hop satânico e se a definição peca é por defeito. Aqui há toneladas de sujidade electrónica, em várias formas e andamentos, percussões com cadências mutantes (entre o tecnho, a música industrial, o underground e outra coisa qualquer) e a voz panfletária, cortante. Tudo junto, é puro caos insano e devaneio de três mentes indiscutivelmente empenadas. E o destino bombástico cumpre-se na íntegra. E apetece dizer: Holy-fuckin'-shit! Is this what you're lookin' for, Kanye?
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Na abordagem à paleta de sons deste Government Plates aconselha-se prudência, como não podia deixar de ser. É sabido que este trio é radical, gosta do confronto e do choque e verte essas afinidades na sua música. Música à parte de convenções, de preconceitos, de regras, de padrões. Alguém inspiradamente chamou a isto hip-hop satânico e se a definição peca é por defeito. Aqui há toneladas de sujidade electrónica, em várias formas e andamentos, percussões com cadências mutantes (entre o tecnho, a música industrial, o underground e outra coisa qualquer) e a voz panfletária, cortante. Tudo junto, é puro caos insano e devaneio de três mentes indiscutivelmente empenadas. E o destino bombástico cumpre-se na íntegra. E apetece dizer: Holy-fuckin'-shit! Is this what you're lookin' for, Kanye?
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