O formato de revisão de canções assinadas por outros já não é estranho à americana Chan Marshall que, com este segundo exercício nesse estilo (depois de The Covers Record, de há oito anos atrás), parece confirmar tendência para pontualmente prestar homenagem a canções e protagonistas que marcaram o seu percurso e integram as suas afinidades musicais enquanto na pele da persona Cat Power. Para este trabalho, além de um alinhamento que contempla originais celebrizados por Bob Dylan, Frank Sinatra, Hank Williams, James Brown, Joni Mitchell, Billie Holliday ou Janis Joplin, a cantautora fez-se acompanhar do quarteto The Dirty Delta Blues, propositadamente reunido para as últimas actuações em solo americano e que junta Jim White (baterista dos Dirty Three), Gregg Foreman (teclista dos Delta 72), Erik Paparozzi (baixista dos Lizard Music) e Judah Bauer (guitarrista dos Blues Explosion). Com semelhante trupe de músicos, não espantam os paladares blues que dirigem grande parte do disco, mesmo quando, num ou noutro instante, Cat Power se refugia num registo formalmente mais recatado e intimista e, também por isso, mais distante das coordenadas originais. De resto, por comparação com o primeiro disco de versões de Marshall, este Jukebox dá mostras de um critério mais largo na hora de a priori escolher referências; essa circunstância, todavia, acaba por revelar-se a posteriori uma falha irónica, em função da mediania e monocordismo da maior parte das versões, mesmo aquelas que, na forma original, são estruturalmente bem distintas. Mas "Silver Stallion" (dos The Highwaymen, o super-grupo de Johnny Cash, Waylon Jennings, Willie Nelson e Kris Kristofferson) ou "Lost Someone" (de James Brown) salvam o dia...
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Cat Power - Jukebox
O formato de revisão de canções assinadas por outros já não é estranho à americana Chan Marshall que, com este segundo exercício nesse estilo (depois de The Covers Record, de há oito anos atrás), parece confirmar tendência para pontualmente prestar homenagem a canções e protagonistas que marcaram o seu percurso e integram as suas afinidades musicais enquanto na pele da persona Cat Power. Para este trabalho, além de um alinhamento que contempla originais celebrizados por Bob Dylan, Frank Sinatra, Hank Williams, James Brown, Joni Mitchell, Billie Holliday ou Janis Joplin, a cantautora fez-se acompanhar do quarteto The Dirty Delta Blues, propositadamente reunido para as últimas actuações em solo americano e que junta Jim White (baterista dos Dirty Three), Gregg Foreman (teclista dos Delta 72), Erik Paparozzi (baixista dos Lizard Music) e Judah Bauer (guitarrista dos Blues Explosion). Com semelhante trupe de músicos, não espantam os paladares blues que dirigem grande parte do disco, mesmo quando, num ou noutro instante, Cat Power se refugia num registo formalmente mais recatado e intimista e, também por isso, mais distante das coordenadas originais. De resto, por comparação com o primeiro disco de versões de Marshall, este Jukebox dá mostras de um critério mais largo na hora de a priori escolher referências; essa circunstância, todavia, acaba por revelar-se a posteriori uma falha irónica, em função da mediania e monocordismo da maior parte das versões, mesmo aquelas que, na forma original, são estruturalmente bem distintas. Mas "Silver Stallion" (dos The Highwaymen, o super-grupo de Johnny Cash, Waylon Jennings, Willie Nelson e Kris Kristofferson) ou "Lost Someone" (de James Brown) salvam o dia...
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