MEIRA ASHER + GUY HARRIES (ISRAEL/HOLANDA)
12 Novembro Sábado 22.00
Grande auditório, Casa das Artes (Famalicão)
Entrada: 5 euros (Preço único)
www.meiraasher.com
Também em:
Lisboa (ZDB) – dia 10
Guarda (Teatro Municipal) – dia 11
No dia 12 de Novembro, Famalicão vai presenciar um dos momentos mais marcantes de 2005, com a presença da Israelita Meira Asher, acompanhada pelo Holandês Guy Harries, numa das suas raras aparições ao vivo.
Ao escutarmos as composições de Meira Asher comodamente em casa, podemos sentir incómodo pelas imagens que nos sugerem dor, ao sermos obrigados a projectar na mente um filme para a “banda-sonora” cruel que ouvimos. As composições de Meira Asher têm, por isso, um impacto maior ao vivo, uma vez que, ao invés de nos podermos desviar para cenários menos violentos que aquele que a música nos induz, somos obrigados a sentir fisicamente a experiência da dor, do sofrimento, sendo incapaz o espectador de ficar alheio pela cumplicidade visual a que está obrigado. Uma experiência única e imperdível, capaz de mexer com os nervos dos mais incautos, mas que não permite indiferenças perante a brutalidade e crueldade... da realidade!
Quem é Meira Asher?
Nascida em Israel, Meira Asher tem desenvolvido, ao longo das últimas duas décadas, um corpo de trabalho altamente politizado, de denúncia, crítica e retrato de situações catastróficas que a humanidade vai desenhado para si própria. O percurso educativo de Asher pauta-se pela interdisciplinaridade, que se reflecte de forma clara no seu trabalho, não raras vezes também ele intertextual e disciplinar. Estudou percussão entre Varanasi, Jerusalém, Telavive, São Francisco, Akra, Anyako e Tamale; sonologia em Den Hague; percussão tradicional, dança e voz de várias tribos no Gana; artes interdisciplinares em Los Angeles ou terapia musical em Tel Aviv. Leccionou uma multitude de matérias, em diversas plataformas, desde trabalho com crianças autistas até cantares tradicionais na Escola de Jazz Rimon em Israel. Tem também um vasto passado na música para dança e teatro, bem como nas artes visuais – nomeadamente no formato vídeo.
No que respeita a música gravada, Asher estreou-se com dois álbuns editados pela Crammed, «Dissected» (1995) e «Spears Into Hooks». Trata-se de dois dilacerantes documentos, onde a dor, os conflitos bélicos israelitas, o pavor e a angústia são manifestados com total abertura e entrega, numa instrumentalização electrónica moderna com as formas primitivas do folclore, plenas de aspereza, secura e dor.
Depois de em 2002 ter apresentado o disco/performance «Infantry», Meira Asher regressa em 2005 com o espectáculo (estreado o ano passado em Gent) o disco «Face_WSLOT – Woman See [sic] Lot of Things», que apresenta nesta ocasião. Prestes a ser lançado em formato CD+Livro, trata-se de 17 composições criadas a partir de «vozes, histórias e ambientes sonoros» de três mulheres, ex-soldados, que combateram, ainda crianças, na Serra Leoa. O livro contextualiza o «background» e as perspectivas de vários autores sobre o assunto, incluindo ainda depoimentos destas mulheres e documentação acerca da parte do projecto respeitante à instalação. Os lucros provenientes da venda deste lançamento irão directamente para apoio educativo de terceiro grau para mulheres da Serra Leoa.
Discografia seleccionada de Meira Asher:
ÁLBUNS
Face_WSLOT (cd-book) - Bodylab-Auditorium (2004)
Infantry - Sub Rosa (2002)
Spears into Hooks - Crammed (1999)
Dissected - Crammed (1997)
EP’S
Face_WSLOT - Bodylab/Auditorium (2004)
SIDA (vinyl) - SSR (1997)
COMPILAÇÕES
An Anthology of Noise and Electronic Music - Vol. 2 - CD2 track 3. “Torture Bodyparts” (Meira Asher and Guy Harries) - Sub Rosa (2003)
Drop 5.1 (2000) - Track: 14. “My Last Granny” (Meira Asher vs. Bio Muse) - Materiali Sonori (2000)
Balkans Without Borders - Track: 16. “Tiring Night” (Meira Asher with Kocani Orkestar) – Omnium (1999)
World Music: Africa, Europe and the Middle East - Vol. 1 - Track: 12. Give Peace (Meira Asher) - Rough Guide (1998)
PARTICIPAÇÕES
Dar Beida 04 - Track: 6. “To the goddess” (Maha aka Meira Asher) - Barraka el Farnatshi (2001)
Frigg Brecht - Frigg feat. Meira Asher - (1999)- Knitting Factory
Discografia seleccionada de Guy Harries:
ÁLBUMS
Infantry - Sub Rosa (2002)
The Thirteen Bar Blues – Artist: Houtkamp's Pow 3 - X-OR (2003)
COMPILAÇÕES
An Anthology of Noise and Electronic Music - Vol. 2 - CD2 track 3. “Torture Bodyparts” (Meira Asher and Guy Harries) - Sub Rosa (2003)
The Composer's Cut: Maurizio Marsico - Track ...: “Song from 'Endings” (performed by Anna Levenstein and Guy Harries) - Auditorium Edizioni (2003)
Posto de escuta:
Psalms19
Shahid1
Shahid2
Nr
Infantry
Concerto para apreciadores de:
Lydia Lunch
Diamanda Gálas
12 Novembro Sábado 22.00
Grande auditório, Casa das Artes (Famalicão)
Entrada: 5 euros (Preço único)
www.meiraasher.com
Também em:
Lisboa (ZDB) – dia 10
Guarda (Teatro Municipal) – dia 11
No dia 12 de Novembro, Famalicão vai presenciar um dos momentos mais marcantes de 2005, com a presença da Israelita Meira Asher, acompanhada pelo Holandês Guy Harries, numa das suas raras aparições ao vivo.
Ao escutarmos as composições de Meira Asher comodamente em casa, podemos sentir incómodo pelas imagens que nos sugerem dor, ao sermos obrigados a projectar na mente um filme para a “banda-sonora” cruel que ouvimos. As composições de Meira Asher têm, por isso, um impacto maior ao vivo, uma vez que, ao invés de nos podermos desviar para cenários menos violentos que aquele que a música nos induz, somos obrigados a sentir fisicamente a experiência da dor, do sofrimento, sendo incapaz o espectador de ficar alheio pela cumplicidade visual a que está obrigado. Uma experiência única e imperdível, capaz de mexer com os nervos dos mais incautos, mas que não permite indiferenças perante a brutalidade e crueldade... da realidade!
Quem é Meira Asher?
Nascida em Israel, Meira Asher tem desenvolvido, ao longo das últimas duas décadas, um corpo de trabalho altamente politizado, de denúncia, crítica e retrato de situações catastróficas que a humanidade vai desenhado para si própria. O percurso educativo de Asher pauta-se pela interdisciplinaridade, que se reflecte de forma clara no seu trabalho, não raras vezes também ele intertextual e disciplinar. Estudou percussão entre Varanasi, Jerusalém, Telavive, São Francisco, Akra, Anyako e Tamale; sonologia em Den Hague; percussão tradicional, dança e voz de várias tribos no Gana; artes interdisciplinares em Los Angeles ou terapia musical em Tel Aviv. Leccionou uma multitude de matérias, em diversas plataformas, desde trabalho com crianças autistas até cantares tradicionais na Escola de Jazz Rimon em Israel. Tem também um vasto passado na música para dança e teatro, bem como nas artes visuais – nomeadamente no formato vídeo.
No que respeita a música gravada, Asher estreou-se com dois álbuns editados pela Crammed, «Dissected» (1995) e «Spears Into Hooks». Trata-se de dois dilacerantes documentos, onde a dor, os conflitos bélicos israelitas, o pavor e a angústia são manifestados com total abertura e entrega, numa instrumentalização electrónica moderna com as formas primitivas do folclore, plenas de aspereza, secura e dor.
Depois de em 2002 ter apresentado o disco/performance «Infantry», Meira Asher regressa em 2005 com o espectáculo (estreado o ano passado em Gent) o disco «Face_WSLOT – Woman See [sic] Lot of Things», que apresenta nesta ocasião. Prestes a ser lançado em formato CD+Livro, trata-se de 17 composições criadas a partir de «vozes, histórias e ambientes sonoros» de três mulheres, ex-soldados, que combateram, ainda crianças, na Serra Leoa. O livro contextualiza o «background» e as perspectivas de vários autores sobre o assunto, incluindo ainda depoimentos destas mulheres e documentação acerca da parte do projecto respeitante à instalação. Os lucros provenientes da venda deste lançamento irão directamente para apoio educativo de terceiro grau para mulheres da Serra Leoa.
Discografia seleccionada de Meira Asher:
ÁLBUNS
Face_WSLOT (cd-book) - Bodylab-Auditorium (2004)
Infantry - Sub Rosa (2002)
Spears into Hooks - Crammed (1999)
Dissected - Crammed (1997)
EP’S
Face_WSLOT - Bodylab/Auditorium (2004)
SIDA (vinyl) - SSR (1997)
COMPILAÇÕES
An Anthology of Noise and Electronic Music - Vol. 2 - CD2 track 3. “Torture Bodyparts” (Meira Asher and Guy Harries) - Sub Rosa (2003)
Drop 5.1 (2000) - Track: 14. “My Last Granny” (Meira Asher vs. Bio Muse) - Materiali Sonori (2000)
Balkans Without Borders - Track: 16. “Tiring Night” (Meira Asher with Kocani Orkestar) – Omnium (1999)
World Music: Africa, Europe and the Middle East - Vol. 1 - Track: 12. Give Peace (Meira Asher) - Rough Guide (1998)
PARTICIPAÇÕES
Dar Beida 04 - Track: 6. “To the goddess” (Maha aka Meira Asher) - Barraka el Farnatshi (2001)
Frigg Brecht - Frigg feat. Meira Asher - (1999)- Knitting Factory
Discografia seleccionada de Guy Harries:
ÁLBUMS
Infantry - Sub Rosa (2002)
The Thirteen Bar Blues – Artist: Houtkamp's Pow 3 - X-OR (2003)
COMPILAÇÕES
An Anthology of Noise and Electronic Music - Vol. 2 - CD2 track 3. “Torture Bodyparts” (Meira Asher and Guy Harries) - Sub Rosa (2003)
The Composer's Cut: Maurizio Marsico - Track ...: “Song from 'Endings” (performed by Anna Levenstein and Guy Harries) - Auditorium Edizioni (2003)
Posto de escuta:
Psalms19
Shahid1
Shahid2
Nr
Infantry
Concerto para apreciadores de:
Lydia Lunch
Diamanda Gálas
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