quinta-feira, 8 de setembro de 2005

Minus the Bear - Menos el Oso

Apreciação final: 6/10
Edição: Suicide Squeeze, Agosto 2005
Género: Indie Pop-Rock
Sítio Oficial: www.minusthebear.com








Oriundo de Seattle, o quinteto Minus the Bear apresenta o seu quarto longa-duração numa matriz rock hiperactiva que, derivando de riffs com nervo, promove a construção de um edifício sónico algo complexo que consegue o fito improvável de conjugar as texturas power chord dos Jimmy Eat World e o apuro dos Q and Not U. A precisão matemática e o sentido de simetria das guitarras (a proficiência dos músicos é inatacável) é a substância primordial de Menos el Oso já que a voz de Jake Snider resvala, a par das letras prosaicas e da monotonia das melodias, para uma banalidade no limite do tolerável. Mesmo o delicioso e niilista traço de aleatoriedade dos títulos das composições dos discos anteriores foi afastado deste Menos el Oso e trocado pela vulgaridade de títulos como "The Fix" ou "Fulfill the Dream". Esquecido o detalhe do baptismo das faixas, o alinhamento do álbum é um desfile de trivialidades, salvando-se a técnica dos músicos e a aparição pontual de um higiénico subterfúgio electrónico.

Menos el Oso envida um novo paradigma dos Minus the Bear: os espasmos dos trabalhos anteriores são trocados por um som mais angular e refinado (também mais aborrecido?). E esta reinvenção favorece-os? Aceitam-se réplicas. O formato é subliminarmente diferente mas o mote é o mesmo: romantismo loja-dos-trezentos em histórias quase néscias de amores regados com álcool, de amizades malogradas e de memórias frustradas. A certo instante Snider prosa assim: "I saw her with another man walking downtown/ She's not mine and she'll never be/ By my side walking downtown/ I only met her once before/ She was alone in a back booth/ A drink and a cigarette/ Smoking like she was waiting for someone/ Me stealing glances as she stole my breath/ The next one's on me". Dê-se o devido crédito aos músicos - afinal Menos el Oso contém algumas boas ideias tecnicamente bem interpretadas - mas sirva-se uma bebida a Snider. Com perseverança, talvez a moça aceite passear com ele...

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