Apreciação final: 7/10
Edição: Agosto 2004
Género: Pop-Rock Alternativo/Cantautor
Edição: Agosto 2004
Género: Pop-Rock Alternativo/Cantautor
Lembram-se de Rosie Thomas, Beth Orton ou Aimee Mann? O projecto A Girl Called Eddy, cuja mentora é Erin Moran, segue essas pistas valiosas. Três anos depois do extraordinário EP Tears All Over Town, chega-nos o primeiro longa duração de Moran. Produzido por Richard Hawley e Collin Elliot, o registo é uma confissão melancólica e íntima, serenamente pautada por uma produção algo sofisticada. A composição não poderia deixar de ser influenciada por um certo romantismo, embalado na interjeição permanente de secções de cordas que enriquecem o conteúdo musical.
A alma das canções é praticamente tangível, não é ensimesmada, redime-se das
fraquezas e expõe-se com uma crueza tocante e uma sensibilidade arrebatadora. A natureza maioritariamente acústica do disco contribui para o aproximar mais do ouvinte e, sem ser meloso, impele-o a comover-se. A proposta é irrecusável, o coração de Moran despe-se a cada palavra e acorde, num registo de sinceridade assombrosa. Moran declara-se a nós, ama-nos pela música. Vencidos pela sedução, resta-nos ouvir A Girl Called Eddy durante muito tempo.
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