quinta-feira, 3 de novembro de 2005

10 discos de relance



Iron & Wine + Calexico - In The Reins (7/10)

Mini-álbum com sete canções originais de Sam Beam (Iron & Wine) que, com a excelsa guarda de honra dos Calexico, sintetizam o melhor de cada um dos projectos. Combinação a repetir. Tal como as audição atenta do disco.
(Overcoat, Setembro 2005)



Lucinda Williams - Live at Fillmore (7/10)
Primeiro registo ao vivo da cantora country-rock, apresenta-se no formato de CD duplo, com um alinhamento de 22 temas, gravados em S. Francisco e que percorrem os mais de quinze anos de estrada de Williams.
Lost Highway, Maio 2005)



Grandaddy - Excerpts From the Diary of Todd Zilla (EP) (5/10)
Os Grandaddy estão de volta num EP ligeiramente mais eléctrico, com pitadas q.b. de psicadelismo mas sem acrescentar nada de relevante ao catálogo do colectivo californiano.
(V2, Setembro 2005)



Taylor Deupree - Every Still Day (7/10)
Texturas de electrónica minimalista servem de fundo a um universo de candura que apela aos sentidos, seja no canto de um anjo (seguidor da cartilha dos Sigur Rós?) ou de uma hipnótica sereia. Um desafio na forma de música sintética.
(Noble, Junho 2005)


Heimir Björgúlfsson & Jonas Ohlsson - King Glitch (6/10)
Acoplagem de elementos electrónicos de origens diversas e mistura hábil com ruídos do quotidiano é o segredo. A cadência é boa, o tom sombrio e irreal compõe amostras borbulhantes de um jogo vanguardista em que nem todos os ouvidos arriscarão.
(Cronica/Matéria Prima, Agosto 2005)



Yob - The Unreal Never Lived (8/10)
Metal apocalíptico e iconoclasta? Convulsões inopinadas e reacções peristálticas? O rótulo pouco importa. Quatro composições (52 minutos), muita distorção a esconder a voz, padrões doom metal, pulsações altas e uma irresístivel abordagem abstracta para fãs de High on Fire, Isis ou Melvins.
(Metal Blade, Agosto 2005)



The Coral Sea - Volcano and Heart (6/10)
Indie pop com uns toques de elitismo (delírios de Radiohead ou Muse?) num registo que raramente escapa à monotonia e cuja métrica melancólica tem melhores ofertas na concorrência.
(Red Clover, Julho 2005)


Soulfly - Dark Ages (7/10)
Regresso do ícone do metal Max Cavalera no trabalho mais pesado sob o epíteto Soulfly e a louvar as lembranças do passado. O traço idiossincrático do ex-Sepultura é indelével e este Dark Ages é mais uma adição oportuna ao património do metal e de um dos seus porta-vozes mais relevantes.
(Roadrunner, Outubro 2005)



Sagas - Rostu Limpu (7/10)
Primeiro registo a solo de um músico experimentado nas matizes do hip-hop - integrou o projecto Micro, com Nel'Assassin e D-Mars - assumindo neste trabalho a musicalidade dos ritmos africanos, seja no crioulo das palavras ou na métrica das beats. Este é o rosto de Sagas. Vale a pena escutar.
(Loop Recordings, Agosto 2005)


The Juan Maclean - Less Than Human (7/10)
Electrónica dançável e mecanizada, vocalizações adulteradas, influências da disco e da funk. O resto é bizarro, invulgar, cativante e imprevisível: música de dança a explorar outras escolas.
(DFA/Astralwerks, Agosto 2005)


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