tag:blogger.com,1999:blog-8731790.post110951321855734201..comments2023-11-02T12:00:47.315+00:00Comments on apARTES: Million Dollar Baby - Sonhos VencidosUnknownnoreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-8731790.post-1119439387911937212005-06-22T12:23:00.000+01:002005-06-22T12:23:00.000+01:00Era uma vez uma história sobre Boxe...O meu coment...Era uma vez uma história sobre Boxe...<BR/>O meu comentário a Million Dollar Baby bem poderia começar desta forma. Poderia pensar que este filme era mais um sobre Boxe mas não é...<BR/>É uma bonita história de Amor.<BR/>É uma teia que nos agarra progressivamente a uma emotiva história de um pai que descobre, no meio de um mundo frio e duro como é o do Boxe, uma filha que nunca teve, um sentido para a vida que vai além de uma caixa repleta de cartas devolvidas ao remetente, dia após dia.<BR/>E mergulha-nos de tal forma neste drama, ao ponto de deixarmos de esboçar quaisquer sorrisos, não obstante os inúmeros e hilariantes “gag’s” que se vão sucedendo, mesmo até ao último take.<BR/>Mas este filme não é apenas uma bonita história de amor. Não passaríamos disso não fora o elenco de actores que nos é oferecido. Um portento da natureza do calibre de M. Freeman. É um Senhor da 7.ª arte, mesmo num papel secundário, que ainda nos brinda com a narração omnipresente do filme, em voz off, exactamente como António Salieri em Amadeus, de Milos Forman, se bem se lembram, e que então mereceu um Oscar.<BR/>Uma Hillary Swank, absolutamente genial, numa interpretação a raiar a perfeição, e que vai do representar da mais entusiasta e enérgica ao comovedor estado vegetativo.<BR/>Um Clint Eastwood, no seu melhor, provando que Dirty Harry, detective quase mudo do passado, mais não é do que uma caricatura do monstro do cinema que é hoje este actor. Como o Vinho do Porto, quanto mais velho melhor.<BR/>Pois bem, e estes 3 actores são a receita simples do sucesso. Um empregado de ginásio, que é o coração e fiel da balança do seu patrão e treinador de boxe. Este último, alguém irascível, demolido pelas vicissitudes da vida e carcomido pelos remorsos mas capaz de um gesto de amor absoluto.<BR/>Uma pugilista, tão rebelde como a vida, “uma vencedora disposta a fazer aquilo que os perdedores nunca fazem”, alguém que quer ter a coragem, o gozo e o prazer de deixar de comer os restos que os outros deixam nos pratos, uma mulher com um coração do tamanho do mundo, tão enternecedora como incompreendida.<BR/>O filme é como o mundo do Boxe, cru e nu, ao ponto de ter um tom de verde desbotado e estar desprovido de banda sonora. E no meio desta nortada de sentimentos somos ainda empurrados para o tema da Eutanásia, uma espécie de clímax perturbador, que nos confunde, que nos divide, acabando por partir mesmo aqueles ou aquelas pessoas reputadamente insensíveis.<BR/>Meus amigos, poderia este filme, ainda que muito bom, não deixar de ser mais um filme, mas não é...<BR/>Realizar no final, que Maggie “respirou fora da tela”, que tudo o que vimos e sentimos é real, traduz-se num choque ainda maior, brutal quase.<BR/>Por isso, mais um filme imperdível.<BR/><BR/>EugénioAnonymousnoreply@blogger.com